Ela se vulgarizou, esquecendo a fina linha que separa o sexy do vulgar.
pintou os olhos com um carvão borrado, e a boca de um vivo tom escarlate
colocou um pedaço de pano veludo, que deixava suas magras coxas a mostra
e usou aquele perfume citrico, e doce, que enjoava o olfato de qualquer um.
achava que assim, atraía para si interesse do outro sexo que não era o seu,
achava que ia despertar furiosas paixões, e não sabia que isso afastava-os
e era efeito colateral de um remédio pra uma doença que ainda não tinha cura.
PAIXÃO !
daquelas avassaladoras, eternas, intensas, longas, chatas e humilhantes!
chegou em casa,
a maquiagem borrada pelas lágrimas, o vestido amassado com um cheiro de suor misturado com cigarros.
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